Caixa de Ferramentas da Diversidade

Cuidados de linguagem para produções sobre pessoas com deficiência

Tempo de leitura: 2 minutos
Objetivos

. Produzir peças jornalísticas que respeitem as pessoas com deficiência

. Evitar erros comuns no jornalismo

. Montar um glossário para a redação

Referência

O manual de redação preparado pelo National Center on Disability and Journalism (NCDJ), da Universidade do Estado do Arizona, reúne quase 200 palavras e termos comumente usados para se referir a pessoas com deficiência. O material parte do princípio que os jornalistas e outros profissionais de comunicação somente devem se referir a uma deficiência quando seja relevante para a pauta que estão trabalhando. Além de trazer um detalhamento de quando usar cada palavra, o documento traz dicas gerais para falar sobre o tema.

Resultados

. Não reproduzir erros e estereótipos nas pautas

. Usar termos corretos e aceitos pelas pessoas com deficiência

. Estabelecer regras de linguagem na redação para matérias com pessoas com deficiência 

Como medir

. Auditoria de fontes

. Feedback de pessoas com deficiência e organizações que representam essas pessoas

Passo a passo

Relevância. Mencione a deficiência na produção somente quando seja relevante para a história e quando o diagnóstico venha de uma fonte confiável, como um profissional médico ou outro habilitado. Mediante a dúvida sobre se é relevante ou não mencionar, pergunte à pessoa. 

Ênfase. Quando for possível, utilize uma linguagem que coloque ênfase nas pessoas, a menos que as fontes indiquem o contrário.

Pergunte. Quando for possível, pergunte à pessoa como ela gostaria de ser descrita na matéria. Se a pessoa não estiver disponível ou não puder responder, pergunte a um familiar de confiança dela ou a uma organização competente que representa as pessoas com deficiência.  

Linguagem neutra. É preferível usar uma linguagem neutra para descrever a uma pessoa que tem deficiência. Não é recomendado que você use frases como “sofre de”, “afetado por”, “vítima de”. Essas expressões supõem que a pessoa com deficiência está sofrendo por isso ou que elas têm uma menor qualidade de vida. Isso pode não ser verdade. É preferível se referir, quando necessário, ao diagnóstico exato da pessoa.

Palavras exatas. Busque saber, com as fontes, as instituições que representam o grupo ou organizações não governamentais quais são as palavras corretas para se referir a uma pessoa com uma deficiência em específico. Esses termos são atualizados de tempos em tempos, então o mais recomendado é sempre perguntar. O manual do National Center on Disability and Journalism (NCDJ) tem palavras usadas em inglês e espanhol, pode ser um guia de apoio. Em português, há um manual lançado em 2013 pela Câmara dos Deputados. A Andi Comunicação e Direitos também tem dicas para a cobertura do tema.

Links

https://www.andi.org.br/dicas-para-cobertura

https://www.camara.leg.br/internet/agencia/pdf/Guia%20PcD%20para%20Comunicadores%20Eletronico.pdf

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