Objetivo
- Produzir um jornalismo diverso e local
- Cultivar uma boa relação e cuidado com as fontes locais
- Fortalecer relação entre o jornalista local e o território
Referências
O jornalista Anderson Benites é formado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2003), pós-graduando em Jornalismo, Comunicação e Nova Ordem Informacional pela FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado). Atua como repórter freelancer para o portal UOL e para veículos locais. Também faz a assessoria de comunicação do Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural (Ipedi), premiado e reconhecido como organização do terceiro setor que lida com questões de diversidade. É consultor de comunicação para empresas privadas e para o setor público com experiência em assessoria de comunicação política.
Com sua experiência na cobertura local, Anderson se tornou um dos facilitadores do programa Jornalismo e Território, no ciclo sobre Justiça Climática.
Resultados
- Acolhimento e confiança do território pautado
- Cuidado e responsabilidade com a vida das fontes entrevistadas
- Melhor relação e narrativa produzida no território
- Reconhecimento e identificação no jornalismo local praticado
Como medir
- Feedback da comunidade sobre a produção realizada;
- Continuidade de uma boa relação entre comunicador e a comunidade;
Passo a Passo
- Conexão com a comunidade: Cultivar uma relação com a comunidade é um dos passos mais importante para manter conexões. Estar presente sempre que possível e com atenção para as histórias e os cenários, contextos nos quais as histórias se desenrolam.
- Conexão com o mundo: É preciso manter a conexão com o mundo, com os temas e pautas atuais do debate público. Compreender, pesquisar, aprender sobre tais temas é imprescindível. Esta conexão, aliada à conexão com o território pode tornar possível dar uma dimensão humana e local às grandes questões que permeiam o mundo.
- Cuidados com as fontes: Sobre o processo de cobertura, apuração propriamente dito, há algumas dicas práticas que ajudam a otimizar o processo, especialmente em situações de entrevistas com fontes do território. Confira:
- Criar uma relação de confiança, começando por informar de modo evidente e objetivo as reais intenções da reportagem, explicando que tipo de exposição a reportagem trará para a fonte, entre outras coisas.
- Deixar o ambiente da entrevista o mais natural possível, evitando frases de efeito como, “silêncio, gravando”. Isso trava a fonte. Não podemos perder de vista que as fontes, na maioria das vezes, são pessoas com nenhuma experiência em TV, rádio e etc. Então criar marcadores assim podem inibi-la e comprometer o conteúdo da entrevista. Tente manter uma conversa fluida, um bate-papo, comece falando de amenidades, deixe o ambiente amigável, confiável e insira as perguntas neste contexto.
- Tome cuidado com as entrevistas que exponham as fontes. Mesmo que você já tenha a autorização da mesma de modo prévio, se você identificar que uma entrevista pode expor a fonte em demasia, faça uma nova consulta à fonte. Pergunte e reafirme a disponibilidade de publicar o conteúdo. Às vezes a fonte não tem o alcance das coisas e só percebem que estão expostas depois do material publicado.
Lembre-se: você também é responsável pela história que está contando. E você vai continuar no território cobrindo. Vai querer perder a confiança da fonte?
- Sempre colete autorizações de uso de imagem assinadas.
- Cuidado para não cair no “fontismo”, um processo que pode se manifestar de várias formas, seja na predileção por uma fonte que cega a apuração, seja na confiança em demasia que impede apuração mais afundo do tema – o que pode levar a produção de reportagens equivocadas e contestáveis. Isso é muito comum no território em que, muitas das vezes, nós mantemos laços com as comunidades e fontes.
- Por fim, mostre o resultado final do conteúdo produzido. Mostrar o conteúdo também fortalece o laço do processo desde a entrevista até a publicação, assim a fonte também passa a entender o seu trabalho e a importância da entrevista cedida.
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