Objetivos
– Receber e fazer a integração de novas e novos profissionais na redação ou no projeto de jornalismo
– Fortalecer a transparência e a cultura organizacional da sua iniciativa
– Manter alinhamentos institucionais com toda a equipe
– Promover a autogestão de todas e todos colaboradores, funcionárias e funcionários, a partir da orientação inicial
– Dar segurança e tranquilidade às pessoas recém-chegadas para trabalharem
– Promover o cuidado integral com as pessoas que integram sua organização
– Atualizar a equipe sobre mudanças nas orientações e na organização da sua iniciativa
Referências
A pandemia do COVID-19 provocou em várias organizações de jornalismo a migração para um sistema de trabalho completamente online e remoto. Assim, iniciativas que nunca haviam experimentado essa dinâmica de trabalho precisaram rapidamente se adaptar. Nesse contexto, a Énois construiu pela primeira vez na sua história um processo seletivo coletivo e remoto, e uma estratégia de cuidado para a chegada de novas e novos colaboradores. Como poderíamos fazer a pessoa se sentir bem-vinda sem tomar um café e comer um bolo juntas, na cozinha da Énois? A criação de um “guia de boas-vindas” foi a resposta a que chegamos. A construção desse material endereça tanto à necessidade de informar a pessoa recém-chegada sobre a organização e ser um material de consulta, como à necessidade de integração afetiva dessa pessoa num espaço ainda pouco conhecido.
Resultados
. Sensação de acolhimento, organização e confiança de quem está chegando
. Organização das principais informações de recursos humanos em um mesmo local
. Demonstrar transparência sobre os processos da organização a quem está chegando
. Facilitação das consultas individuais aos processos da equipe sem mediação
Como medir
. Percepção e feedback informal dos nossos contratados
. Consultas formais à equipe sobre o guia de chegada
. Feedbacks a cada seis meses
Passo a passo
Atenção e cuidado com as pessoas. Pense em como você quer receber as pessoas que chegam na sua instituição, quais valores quer demonstrar, como quer que ela se sinta. É preciso ter prudência e cuidado com processos de admissão, desligamento e demissão, e pensar em cada etapa.
Formato e a linguagem. Sempre se pergunte qual o perfil da sua equipe e o que são capazes de produzir, além de quanto em recurso você tem para investir para o desenvolvimento do guia. Isso vai ajudar a definir o formato e a linguagem do guia de chegada. Na Énois, optamos por uma apresentação em formato PDF, com textos curtos e vários links: é barato, fácil de fazer e de acessar em qualquer canal.
Perguntas base. Responda perguntas básicas sobre a organização – e o projeto em questão, se for o caso. Essas são as perguntas que vão guiar o sumário do seu guia. Na Énois, nós respondemos: O que é a Énois, o escopo do nosso trabalho, nossos princípios, onde e como começamos, etc.
O guia da Énois é dividido da seguinte forma:
- O que é a Énois
- História da Énois
- Organização da equipe
- Combinados (carga horária, contrato de trabalho, salário, conduta no espaço físico, datas de pagamento, equipamentos, etc)
- Projetos captados
- Primeiros passos (registro de RH, financeiro, etc)
- Primeira semana
- Os três primeiros meses
- Código de conduta
- Formação continuada
- Grupos de e-mail
- Redes sociais
- Sites
- Como funcionam as contratações
- Como funcionam os desligamentos
- Perguntas e opiniões
Integração. Definir bem como vai ser o processo de integração (onboarding ou embarque, na linguagem corporativa) e os primeiros dias, semanas ou meses de trabalho e estudo (se necessário), para que isso tudo esteja descrito no guia.
Objetividade. O guia deve dar muitas informações sobre cada processo da sua organização: quem é a equipe, o que cada integrante faz, quais os projetos realizados, a história, a missão e os valores da organização, os códigos de conduta, etc. Cada informação, entretanto, deve ser dada de maneira pontual. Sem grandes textos, apenas parágrafos curtos.
Informações estratégicas. Endereçar informações estratégicas para a instituição, como políticas e protocolos de conduta, estratégias de captação de recursos e fluxos de trabalho é importante para que a pessoa consiga se inserir de maneira rápida na cultura da empresa.
Ilustração e apelo visual. Coloque fotos da equipe, para dar a dimensão humana do trabalho realizado. Esse é um momento importante para a construção das relações com a pessoa recém-chegada. Capriche no apelo visual.
Materiais extra. Você também deve encaminhar materiais extras, como relatórios de atividades e planejamento para os próximos anos, além de sugestões de newsletter para assinar, outras leituras, tutoriais e vídeos de referência.
Tranquilize a pessoa recém-chegada. Os materiais devem ser lidos e consultados ao longo do período de integração, e sempre que houver dúvidas. Não existe pressa para absorver todas as informações sobre o projeto ou a organização.
Autogestão. O guia pode ter um formato autogestionário. A partir de orientações e links, deve ser possível criar o e-mail, assinatura, etc, se tornando um documento que utiliza a via de mão dupla para ser usado.
Desligamento. Endereçar também questões de possíveis desligamentos (isso será formalizado no contrato, mas é importante ter algo que tranquilize a pessoa recém-chegada e não deixe não-ditos). Isso também precisa estar bem alinhado na organização antes de explicar como acontece num guia de chegada.
Atualize. É fundamental manter um arquivo que possa ser atualizado de tempos em tempos, conforme as informações forem mudando.